Sobrinho vai no vicio do tio
Um jovem de boa conversa, fazia amizade com todos. Certo dia em mais uma de nossas conversas descobri um fato curioso que até me pareceu um roteiro escrito para um filme ou novela. Vejam meus caros leitores o que a vida nos mostra e como os caminhos se cruzam em certos momentos. No decorrer de vários anos e varias internações uma coincidência não muito boa, desta vez estavam juntos pela primeira vez o tio e o sobrinho. Contou-me o tal sobrinho que aos quinze anos de idade bebeu pela primeira vez, influenciado por seu tio. Certa vez quando seus pais que residiam no interior e para irem as compras deixavam o rapaz em casa cuidando da casa e de alguns servicinhos eles não imaginavam que depois daquele dia as coisas seriam diferentes para seu filho. Seu tio que era trabalhador porem tinha consigo o vicio da cachaça apareceu na casa deles enquanto haviam saído para a cidade. O homem chegou lá com um litro de cachaça e ofereceu para o sobrinho e ele que nunca havia bebido nada de álcool em sua vida não quis aceitar, mas depois de tanto que o tio lhe importunou o rapaz aceitou e bebeu seu primeiro gole e depois mais um e mais um,acabou gostando e nunca mais parou ! Daquele dia em diante as coisas naquela família mudaram, o rapaz já não fazia mais seus serviços e vez por outra saia a noite e voltava bêbado para sua casa .Os tempos foram passando e a situação cada vez pior, pois o jovem rapaz bebia quase todos os dias e dava muito trabalho para sua família. Até que certo dia resolveram interna-lo em uma clinica para desintoxicação e assim começava o calvário de internações. Seu tio vez por outra era internado e ao sair da clinica ficava por alguns dias sem beber, mas novamente voltava ao caminho de sua escravidão. O rapaz por sua vez parecia ter que seguir os passos de seu tio pois sai de uma clinica e em poucos dias já estava bebendo novamente. Após muitas internações e já residindo em cidades distantes acabaram vindo se encontrar aqui na UDQ (Unidade de dependência química) do Hospital COLÔNIA SANT,ANNA. Conhecendo uma historia como esta é de se pensar, será que temos um destino a cumprir ? Nascemos com “nossas cartas marcadas”? Em fim será que cada um de nós tem sua vida escrita e nada pode mudar ? Ou tendo fé e perseverança poderemos vencer nossos males e dar um bay bay para aquilo que dizem ser destino ! Só sei de uma coisa são muitos a falar e somos poucos a esclarecer OS: Esta historia não tem um fim pois quando eu sai da UDQ, os dois haviam seguido para uma fazenda de recuperação e nunca mais soube nada deles.
Texto : A T M
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